Nos dias 17, 18 e 19 de outubro, o ISAVIÇOSA sediou um treinamento para o uso de drones promovido pela The Nature Conservancy – TNC.
O curso foi ministrado por Cíntia Palheta Balieiro, profissional de agronomia que atua há 13 anos na TNC Brasil e faz parte da equipe de ciências da instituição. Cíntia é especialista em sensoriamento remoto para análise da cobertura do solo e regeneração, e piloto profissional de drone.
Durante os três dias intensivos de treinamento, os oito participantes tiveram a oportunidade de explorar o uso de sensoriamento remoto para monitorar projetos de restauração de vegetação nativa no Brasil, com enfoque nos drones ou Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs).
Os principais tópicos abordados no treinamento foram:
– Características dos drones, os procedimentos de montagem, acesso aos aplicativos de pilotagem e as melhores práticas para operações pré e durante o voo.
– Regulamentos que regem a operação de drones, com destaque para quem está habilitado para pilotá-los.
-Detalhamento das várias fases de mapeamento com drones, processamento de imagens e interpretação de resultados.
– As tendências mais recentes em mapeamento com drones, demonstrando como essa tecnologia continuou a evoluir e melhorar, impulsionando a eficácia das operações de monitoramento ambiental, em particular na Mata Atlântica.
Os participantes foram também cadastrados no SARPAS (Solicitação de Acesso de Aeronaves Remotamente Pilotadas), que foi desenvolvido com o objetivo de facilitar a solicitação de acesso ao Espaço Aéreo e adquirir a numeração de piloto, para que possam operar drones de forma legal e regulamentada.
Na parte prática, as aulas de pilotagem englobaram o nível básico a avançado, Pilotos de classe 3, Voo para drones abaixo ou igual 25kg.
De acordo com a instrutora Cíntia Balieiro, os principais resultados esperados deste treinamento incluem:
-Habilidades aprimoradas: Os participantes desenvolverão habilidades essenciais em operação de drones, incluindo pilotagem, manutenção e montagem, o que aumenta sua capacidade de utilizar essa tecnologia no monitoramento ambiental.
-Conhecimento regulatório: Os participantes compreenderão os regulamentos e restrições relacionados à operação de drones, garantindo que todas as atividades de monitoramento sejam realizadas de acordo com as leis e diretrizes estabelecidas.
-Aplicação Prática: Os participantes serão capazes de aplicar as lições aprendidas em suas operações de monitoramento ambiental em projetos de restauração, melhorando a eficácia dessas atividades.
-Compreensão das tendências: Os participantes ficarão atualizados com as tendências mais recentes em mapeamento com drones, permitindo que incorporem inovações tecnológicas em suas práticas.
-Conformidade regulatória: O registro no SARPAS permitirá que os participantes operem drones de acordo com as regulamentações, garantindo que suas atividades sejam legais e regulamentadas.
Avaliando os três dias de treinamento, Cíntia compartilha que “no geral, o treinamento alcançou plenamente seu propósito, capacitando os participantes com as habilidades e conhecimentos essenciais para aprimorar o monitoramento de áreas em restauração, resultando em práticas mais eficazes e informadas.” E ressaltou: “A parceria com instituições respeitadas como o ISAVIÇOSA ampliou a rede de contatos dos participantes e fomentará colaborações futuras.”
De acordo com a instrutora, o próximo passo envolve a construção de um sistema de monitoramento em tempo real para as áreas em restauração e a partilha dos resultados das atividades de campo com a comunidade científica.